terça-feira, 22 de maio de 2012

Fifa trabalha para aprovar um seguro para jogadores


Genebra (AE) - Na esperança de colocar um fim à eterna briga entre clubes e seleções, a Fifa quer "comprar a paz" e espera aprovar nesta semana a criação de um seguro para jogadores cedidos a seleções nacionais e que recompensará as agremiações com 7,5 milhões de euros (cerca de R$ 19,3 milhões)

Presidente da CBF, José Maria Marín, participa da reunião da Fifa
Presidente da CBF, José Maria Marín, participa da reunião da Fifa

Desde ontem, a Fifa reuniu sua cúpula e todas as 208 federações nacionais para uma semana de reuniões em Budapeste, na Hungria, com a presença do presidente da CBF, José Maria Marin, e do representante do Brasil na entidade, Marco Polo Del Nero, também presidente da Federação Paulista de Futebol, entre outros cargos. Na agenda, um esforço de Joseph Blatter para "pacificar" o mundo da cartolagem, mesmo que isso custe caro aos cofres da Fifa.

Uma das medidas de maior impacto promete ser a criação de um seguro para jogadores. Há anos, os clubes se queixam que pagam os salários dos astros que, em jogos por suas seleções, acabam se contundindo e às vezes ficando fora da equipe por meses. Os clubes, principalmente os europeus, entendem que a situação não é justa, já que são obrigados a continuar pagando os salários, além do tratamento médico.

Para a Copa de 2010, na África do Sul, a Fifa já havia criado um sistema pelo qual cada clube receberia uma indenização por jogador cedido a uma das seleções que foi ao Mundial. O Barcelona, com vários convocados, recebeu milhões de euros.

Agora, a entidade tenta acalmar os clubes, criando um seguro. Se um jogador se contundir com sua seleção e acabar ficando fora dos gramados por mais de 28 dias, o seguro é acionado e passa a pagar os salários dos jogadores. O limite, porém, é de um ano de pagamento de seguros e será estipulado que o teto será de 7,5 milhões de euros por atleta.

O primeiro teste será nos Jogos Olímpicos de Londres, evento no qual a regra já irá existir. Neymar, portanto, será coberto por um seguro milionário se voltar da seleção brasileira para o Santos contundido.

A apólice dos seguros, porém, será bancada pela Fifa, que tem em seus cofres mais de US$ 1,2 bilhão em reservas (cerca de R$ 2,4 bilhões). A esperança dos cartolas é que isso coloque um fim à crise entre clubes e seleções, pavimentando o caminho também para o apoio à eleição em 2015 de um protegido de Blatter, Michel Platini, atual presidente da Uefa
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