quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Atletas do tênis de mesa do Brasil treinam a 1.500 m para se adaptar à altitude

Com apenas 16 anos e no primeiro Pan, Caroline Kumahara vai tentar esquecer altitude para não ficar ansiosa

A equipe brasileira de tênis de mesa foi a primeira a chegar à Vila Pan-Americana e o tempo extra no México é usado exclusivamente para os treinos. Os atletas da modalidade chegaram dez dias antes para se acostumar com a velocidade da bola durante os jogos, que aumenta por causa da altitude de Guadalajara. A cidade fica a cerca de 1.500 m acima do nível do mar.

Chegar com antecedência para se acostumar com o ar rarefeito na cidade-sede dos Jogos Pan-Americanos foi fundamental para a total adaptação dos atletas ao novo estilo de jogo, explica o técnico Lincon Yasuda.

- O atrito com o ar é menor e a bolinha fica mais rápida. Isso dificulta a defesa de bolas de curva no fundo da mesa. Por isso, é fundamental treinar e treinar. 

Experiente e veterano e dono de nove medalhas de ouro em Jogos Pan-Americanos, Hugo Hoyama revela que até mesmo o jeito de bater com a raquete é diferente quando se joga na altitude. 

- Com a velocidade, a bola flutua mais também. Então, a dica é rebater mais na quina da raquete e não no meio dela, como de costume. Todos erram, mas aqui vão errar mais do que o normal. 

Hoyama afirma que já jogou em cidades com mais de 2.500 m atitude, como Cuenca, no Equador. Segundo o atleta, "nestes lugares, a situação fica pior ainda, pois também há dores de cabeça e mal-estar". 

Apesar da suposta desvantagem, o mesa-tenista descarta a possibilidade de os mexicanos tirarem proveito da altitude por jogar em casa.

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