Luciano Corrêa |
Antes de ir para o tatame, Luciano Corrêa estudou. Engasgado com Oreydi
Despaignes desde o Pan do Rio, o judoca sabia que precisava de algo
mais. Ao assistir às lutas anteriores do rival, ouviu de seu técnico,
Luiz Shinohara, a instrução. E decidiu segui-la. No fim, com a medalha
de ouro no peito, Luciano comemorou.
- Uma coisa que me marcou foi o que o Shinohara disse antes da luta:
“Se vai enfrentar o cubano, a gente precisa querer mais do que ele,
partir para o ataque sempre, ter mais vontade”. E foi isso o que
aconteceu. Eu sabia que tinha que me antecipar aos golpes dele. E fiz
isso do início ao fim. Eu quis mais do que ele. Agora, vou levar isso
para todas as minhas lutas - afirmou o campeão.Para vencer o cubano, Luciano montou sua estratégia desde o início. O caminho para o ouro veio exatamente dos vídeos analisados antes da final.
- Foi uma luta muito difícil, eu já o conhecia muito bem. Mas entrei com uma estratégia muito fixa desde o início e a mantive até o fim. Eu tinha de iniciar a pegada sempre, e sempre com a mão direita, que fica mais nas minhas costas. Vi as lutas dele 20 minutos antes da final. E isso ajuda muito. Acabou dando certo.
Após um ano complicado, com direito a uma cirurgia no ombro esquerdo, em fevereiro, e seis meses de molho, Luciano encara a vitória contra Despaigne como um recomeço. O ouro em Guadalajara vira fonte de confiança em busca de uma vaga olímpica.
- O objetivo era sempre ganhar uma confiança. Eu vim de um Mundial ruim, então precisava vir bem para cá. Saio daqui com mais confiança para os próximos eventos. A classificação olímpica está apertada, então um resultado desses é muito bom - afirmou o judoca, que atualmente ocupa a 16ª posição, em briga acirrada com o compatriota Leonardo Leite por um lugar em Londres.
Na busca pelo ouro, um apoio em especial também ajudou. Com a namorada Joanna Maranhão mostrando a torcida através de mensagens no Twitter, Luciano ressaltou a importância da nadadora na conquista.
- Falo sempre com ela. Infelizmente, ela não pôde ficar aqui, mas ainda conversei com ela antes de ela sair. E o legal é que ela é atleta, entende a ansiedade, sabe como é essa vida. Então, ajuda muito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário